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“Velhofobia”: Ingrid Guimarães desabafa sobre estigmas da idade

Ingrid Guimarães fez um desabafo sobre “velhofobia” e falou sobre os estereótipos em relação a pessoas mais velhas. Leia!

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Ingrid Guimarães revela luta contra a "velhofobia" aos 49 anos

Ingrid Guimarães usou suas redes sociais para desabafar sobre os estigmas em relação à idade, algo que vem sentindo na pele com a aproximação de seus 50 anos. Na postagem, ilustrada com uma foto da estilista britânica Vivienne Westwood, a atriz diz lutar contra a “velhofobia” e diz querer ser feliz sem ser definida por números.

Também chamada de etarismo ou ageísmo, e popularmente conhecida como “velhofobia”, a discriminação em função da idade pode acontecer com todos os gêneros, mas é muito mais frequente com as mulheres, pressionadas em grande parte de suas vidas a estarem sempre com a aparência jovem.

Ingrid Guimarães sente “velhofobia” disfarçada de elogios

Primeiramente, Ingrid Guimarães começou dando exemplos do que vem lidando no dia a dia. Em alguns casos, o preconceito aparece disfarçado de elogios e opiniões, o que pode ser chamado também de etarismo.

“Tenho percebido um certo silêncio quando digo que estou chegando perto dos 50. Quando a pessoa quer ser simpática ainda diz: ‘Olha, você está ótima, ta?’. Quase como quem diz: ‘Calma, que você não parece velha’. Como se parecer fosse algo a ser urgentemente evitado”, começou em seu Instagram.

Atriz lamenta estigma com o envelhecimento

Logo após, Guimarães citou um ensinamento da antropóloga Mirian Goldenberg, que frisa que “a única categoria social que une todo mundo é ser velho”.

“Então por que esse estigma de algo que todo mundo vai chegar? Quem estipulou que o game acabou? Se você for pensar que somos sobreviventes de uma pandemia, que ainda estamos aqui, depois de tantas mortes trágicas, não deveríamos estar recebendo os parabéns?”, indagou.

Ingrid Guimarães reflete sobre a “velhofobia”

Assim também, Ingrid contou que foi apresentada à “velhofobia”, um termo menos acadêmico para o ageísmo. A palavra também expõe uma realidade que pode trazer muitas consequências negativas para a população mais idosa, começando pelo pânico que muita gente tem de envelhecer. Além disso, muitos possuem um olhar equivocado e associa o avanço da idade a doenças e até mesmo inutilidades.

“Junto à palavra ‘velhofobia’, conheci um monte de regras sobre o que não se pode mais. Luto contra ela todos os dias. De repente, tive que falar no assunto com mais frequência. Me preparar para um número como se tivesse indo pra uma forca social. Imagina como se sentem os que fazem 60, 70, 80? Pois eu não estou a fim de ser estatística, estou a fim de ser feliz sem que um número me defina”, disse.

Por fim, e para representar melhor seu desabafo, Ingrid Guimarães compartilhou uma foto da designer britânica Vivienne Westwood e comentou sobre sua total admiração à ela. “É uma mulher de 80 anos que expressa sua arte através de roupas, acessórios e inspirações ousadas”, explicou.

Você sabia? Discriminação contra pessoas mais velhas é crime

A discriminação e o preconceito com pessoas mais velhas podem gerar graves impactos, como isolamento social, perda de autoestima, que acontece com a valorização a todo custo da juventude, perda da capacidade cognitiva, como foco, percepção, memória e linguagem, e até mesmo depressão por conta do sentimento de solidão que alguns sofrem.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em poucos anos, o Brasil será o sexto país com maior número de pessoas acima dos 60 anos. Além disso, a discriminação contra pessoas mais velhas é crime e tem punição para isso. Conforme o artigo 96 do Estatuto do Idoso, prescrito sob a lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, atos de humilhação, desdém, menosprezo, intimidação ou impedimento e dificultação do acesso a operações bancárias, meio de transporte, entre outras coisas, constitui-se como crime com pena de reclusão de 6 meses a 1 ano e multa.

Foto de capa: Reprodução Instagram / @ingridguimarães

Redação Corpo Livre

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