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Autoestima intelectual: 3 dicas para começar a se sentir ‘boa o suficiente’

A autoestima não tem a ver só com a estética, mas também sobre acreditar em nossa capacidade intelectual e se sentir confiante para realizar sonhos.

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Autoestima intelectual

Quantas coisas incríveis você deixou de fazer por considerar que não era capaz? Não precisa listar se isso for te deixar pra baixo, hein? Só reflete. Reconhecer nosso valor é o primeiro impulso para conseguirmos ter a força e a confiança necessárias para correr atrás de nossos sonhos. Parece clichê, mas é verdade: isso só é possível quando temos uma relação saudável com a nossa autoestima intelectual. 

Muito se fala de autoestima estética, sobre se sentir bonita, confiante e sensual na nossa própria pele. Para além disso, que não deixa de ser um debate muito importante que também tratamos aqui, é preciso lembrar que autoestima é sobre muito mais, principalmente sobre acreditar na nossa capacidade intelectual, sobre se sentir boa o suficiente para realizar as coisas. 

Sendo assim, quando falamos de autoestima intelectual, estamos falando de segurança com nossos conhecimentos, nossas atitudes e assertividades. Sendo mulheres, já estamos acostumadas com a possibilidade de sermos subjugadas pelo nosso trabalho e aparência, por isso, nos esforçamos muito mais que o necessário, mirando em uma excelência quase exploratória para conseguir reconhecimento. 

Apesar de ter tido uma queda na desigualdade salarial entre 2012 e 2018, as mulheres ainda ganham cerca de 20,5% menos que os homens no Brasil, segundo com um estudo especial feito pelo IBGE para o Dia Internacional da Mulher em 2019, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Difícil, né?

A carga mental afeta diretamente a autoestima intelectual

Durante o processo de conquista dos nossos espaços, muitas vezes, deixamos de lado nossa saúde mental, que é constantemente abalada pela exaustão psicológica. Assim, a quantidade de esforço não físico que deve ser realizado para alcançar alguma coisa é chamado de carga mental e frequentemente assumido pelas mulheres. Sabe quando fica a cargo nosso resolver tudo? Tomar todas as decisões? Segurar todas as barras? 

A marca Procter & Gamble publicou em 2019 uma pesquisa com números importantíssimos sobre isso. Na Espanha, 3 em cada 4 mulheres sofrem de carga mental, apesar de 40% não saberem do que se trata o termo. Além disso, 45% delas nunca falaram sobre isso com ninguém. 

Já no Brasil, em março de 2021, uma pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo e pelo IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria, empresa originada do IBOPE Inteligência) apontou que 88% das mulheres são responsáveis pelos cuidados médicos das crianças nos lares. Além disso, 86% pelo cuidado diário delas; 87% pelo preparo das refeições; 82% pelas atividades escolares; 87% responsáveis pela limpeza na casa. Esses dados já dizem bastante coisa e ainda por cima… Temos que cuidar de nós.

A busca interminável por equilibrar direitos, deveres e se provar na sociedade nos leva a cair em um ciclo repetitivo, no qual o nosso valor está sempre nas mãos de outras pessoas. Quantas vezes no trabalho exigimos de nós mais do que conseguimos aguentar só para mostrar para o nosso chefe que damos conta de cada vez mais coisas? Quantas vezes deixamos de pedir ajuda tendo 2, 3 ou até mesmo 4 jornadas de trabalho? 

Dicas para recuperar e melhorar nossa relação de amor-próprio

Então o que fazer para fugir desse ciclo vicioso que mina nossa saúde como um todo? Pois bem, é aí que entra a importância de uma boa relação com a sua autoestima intelectual! Bote fé em você. Acredite no seu potencial. Assim, quando estamos conscientes de nossas capacidades e habilidades não esperamos o consentimento de terceiros para nos afirmar. 

Focando nisso, recuperamos o tempo, antes utilizado para atender as expectativas dos outros, e investimos em nossas paixões, pesquisando e produzindo sobre assuntos que são do nosso interesse de verdade, com propósito voltado para a nossa realização pessoal. Por isso, levando em consideração a importância da autoestima intelectual, separamos 3 dicas e hábitos para aprimorar nossa relação de amor-próprio. Bora lá!

1) Meditação como forma de autoconhecimento para desenvolver a confiança em si mesma

Se conhecer é fundamental, mas não é nada fácil, principalmente quando se tem que lidar com as expectativas e preconceitos que despejam sobre nós. Para alcançar o autoconhecimento, devemos mudar nosso foco para dentro, examinar nossos pensamentos, questionar nossos limites e dar espaço para nossas vontades. 

Essa mudança de perspectiva pode ser feita, por exemplo, com a prática da meditação, que nos leva a um estado reflexivo e nos obriga a ficar sozinhas com nossos próprios pensamentos. Se escute, faça silêncio e busque aí dentro a sua confiança. O mesmo vale para processos terapêuticos que visam a busca pelo eu interior. Tá preparada? 

2) Tire um tempo SÓ para você de verdade

Quando foi a última vez que você passou um dia inteiro só fazendo o que realmente tem vontade? Começou a ler um livro porque realmente queria? Colocou uma música bem alta e cantou até o limite dos seus pulmões? Ou preparou uma comida bem gostosa só porque VOCÊ estava com vontade de comer? Pois é, se tem muito tempo, reveja suas prioridades. 

Quanto tempo você determina pra você é uma escolha só sua. Ninguém vai fazer por você! Não se deixe de lado, você é o personagem principal da sua vida, então começar a se tratar como tal vai te ajudar a se sentir mais confiante. Dica: se presenteie em situações do seu cotidiano. Sabe aquele banho revigorante? Aquele jantar que você sonhou em fazer? Faça focando no quanto você merece. Porque tudo de bom que você faz por si mesma é um investimento a longo prazo.

3) Vai com medo mesmo

É muito difícil acreditar no nosso potencial quando o medo de falhar existe e nos paralisa. Na maioria das vezes, ele domina nossos pensamentos e nos deixa sem ação, nos impedindo de ir atrás do que queremos. Logo, quanto mais desistimos de fazer o que amamos por insegurança, mas o medo ganha força e nossa confiança diminui. Então a terceira dica é: vá contra a maré! Mesmo com todo medo e toda dúvida do mundo, se joga, porque os resultados podem ser surpreendentes. Você só vai saber se tentar e der o primeiro passo e ninguém pode fazer isso por você, né?

Resumindo, olhe pra dentro e converse com a pessoa maravilhosa que tem aí dentro. O que ela quer? Escute tudo que ela já fez e realizou, abrace as dores, aconselhe mais. Já teve muita busca lá fora de respostas que estão mais próximas do que você imagina. Você não precisa de mais ninguém para se sentir inteligente, poderosa e dona da sua vida. Aliás, você já é, só falta acreditar um pouquinho mais em você. 

Foto de capa: Unsplash

Redação Corpo Livre

Somos uma equipe de profissionais e colaboradores empenhados em transformar através da informação e da diversidade. Enquanto veículo, queremos construir uma nova forma de dialogar na internet sobre Corpo Livre!

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