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#CorpoLivre em todo lugar

Agora somos um site #CorpoLivre + Alexandrismos. Por que lançamos? O que esperar? #CorpoLivre está em todo lugar!

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#CorpoLivre em todo lugar!

Pra falar o motivo de lançar o Alexandrismos.com, um site #CorpoLivre, é necessário contar minha história com o Jornalismo. Preciso que você entenda o que me fez chegar até aqui. Aos 12 anos decidi que seria jornalista, e desde então minha vida se tornou ler, estudar, querer estar nesse meio. Inclusive foi a mesma época que eu sonhei em ser escritora.

Aos 15 visitei a PUC – Rio e movi mundos e fundos pra conseguir uma bolsa pra estudar lá. Aos 18 entrei na faculdade, depois de 6 meses descansando (do que aos 18?) da escola haha. Comecei a estagiar desde o primeiro período, testei todas as áreas da profissão. Foi um sonho, mas confesso que como aluna fui uma ótima estagiária, já que preferia a prática do que a teoria, mil vezes mais.

Um período da minha carreira pré-#CorpoLivre

Enfim, a real é que passei por 11 estágios e isso me custou anos e anos de faculdade. Mas aproveitei meus privilégios de estar numa das melhores universidades do país, com bolsa, e fiz tudo que pude pra descobrir no que queria dedicar mais tempo da minha vida. Quase não fiz amigos lá, até porque vivia nos estágios. Eu queria aproveitar cada minuto, por isso cursava pouquíssimas matérias.

Até que no meu 11o estágio tive a oportunidade de logo me tornar repórter contratada, subeditora e editora, no curto período de 2 anos. Aos 24, já estava chefiando uma equipe. Eu realmente aprendi na prática, enquanto me formava. E apesar do meu esforço, tive sorte de verem potencial e investirem em mim.

Meu desempenho no trabalho sempre foi meu ponto forte, onde minha autoestima intelectual brilhava, mas eu odiava meu corpo. Eu me odiava. E foi em 2015 que meu processo de aceitação corporal começou, foi o ano que lancei meu canal no Youtube e comecei a questionar padrões. Muita coisa mudou. E eu trabalhava com branding publishing, conteúdo jornalístico de marcas, e eram marcas de BELEZA. Aí começa a minha mudança de vida somada à transformação de carreira.

Logo no início de 2017, comecei a ser notada como influenciadora e meu assunto a se tornar relevante, daí decidi pedir demissão. Foi muito difícil profissionalmente sair de um lugar que amava, largar a CLT, a minha cidade, amigos, família… Mas fui embora do Rio de Janeiro e mudei pra São Paulo pra começar a apostar na minha carreira solo, enquanto empreendedora.

#CorpoLivre começou pra valer

Em São Paulo tive todo o tempo do mundo pra fazer networking, ir em todo e qualquer evento que me chamavam, descolei um freela muito legal com Jornalismo que me manteve ativa… Mas meu sonho era um dia ter meu próprio site, nos níveis dos sites que eu trabalhava na empresa que cresci enquanto profissional. Mas eu sabia que isso levaria tempo e custaria uma grana que eu não teria tão cedo. E o projeto ficou para o futuro.

No entanto, minha carreira enquanto criadora de conteúdo decolou, fui chamada pelo Grupo Editorial Record para escrever meu primeiro livro (meu grande sonho), comecei a fazer festas, publicidades, comercial de televisão, tive marca de roupa… Até que criei a hashtag #CorpoLivre como forma de iniciarmos uma conversa sobre liberdade corporal na rede social que mais causa insatisfação: o Instagram. Nunca pensaríamos em postar fotos dos nossos corpos, orgulhosas de quem somos, independente do tamanho que tivermos.

E a hashtag começou com esse grito de liberdade, em 2018, mesmo ano que lancei meu primeiro livro, o “Pare de se Odiar”.

#CorpoLivre no Instagram, no Fantástico, Na Vogue, em todo lugar

Em 2019, eu e minha equipe estávamos com um projeto que envolvia a criação do Instagram do @MovimentoCorpoLivre. Ao mesmo tempo, fui convidada para falar sobre a #CorpoLivre no Fantástico, algo que me deu uma tripla realização: enquanto jornalista, influenciadora e ativista. Aquilo foi literal ao nome do programa, e decidimos lançar a página, mesmo sem nenhuma estratégia por trás, já que não havíamos seguido de acordo com o planejado.

E o resultado foi maravilhoso! Em um mês já tínhamos 100 mil pessoas querendo o mesmo que a gente seguindo nosso perfil. Outra coisa que ninguém imaginava era a pandemia, que chegou dois meses depois, o que fez com que o assunto CORPO crescesse fortemente. Tanto que em novembro de 2020 Preta Gil, Duda Beat e Rita Carreira estrelaram a capa da Vogue Brasil com os dizeres: “ode ao Corpo Livre” escrito, coordenada pela jornalista Ju Ferraz, também defensora da pauta.

Bom, em 2020 #CorpoLivre esteve em todo lugar, literalmente. Foram diversas entrevistas, programas de televisão, o assunto foi longe. A pauta da aceitação, padrão de beleza, pressão estética, gordofobia caiu nas graças de uma galera, e olha quantos influenciadores do assunto temos hoje! É sensacional! E como fundadora do movimento, cresci junto, sendo o ano que conquistei 1 milhão de seguidores na rede social que nunca imaginei que me achariam interessante (afinal, eu comecei no Youtube, né?).

(Eu sei que se trata de um textão, mas eu sou uma jornalista escritora, lembre-se disso haha mas juro que já já acaba)

Alexandrismos + #CorpoLivre agora é notícia

Encurtei a história, apesar de muitos caracteres para contá-la, para você entender que existe essa jornalista dentro de mim. Tentei com meus vídeos trazer informação + desconstrução, mas por muitos fui mal interpretada como alguém que queria aparecer às custas de notícias do momento. A verdade é que informar sob um olhar #CorpoLivre é algo que ninguém havia feito ainda, e porque não começar? O futuro, que estava longe, começou agora.

Espere desse site informação, opinião com nossas colunistas, diversidade nas imagens (não imagina a dificuldade que é pra encontrar fotos em bancos de imagens de pessoas fora do padrão), jornalismo de qualidade e responsável. Fora o time de experts, com psicólogas, nutricionistas e educadoras físicas que abordam o assunto corpo, saúde e bem-estar com gentileza!

Nossa equipe de jornalistas e colaboradores é #CorpoLivre, diversa e disposta a te trazer informação de um jeitinho que essa internet ainda não viu. Vou ter muito tempo pra continuar esse assunto nos meus editoriais por aqui. Então simbora nessa?

*As fotos são todas da maravilhosa fotógrafa Julia Bandeira. Fizemos esse ensaio com amigos e também equipe na Chapada dos Veadeiros, Goiás.

Alexandra Gurgel

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