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“Rebelde” aposta em representatividade LGBTQIA+ entre protagonistas
Giovanna Grigio, Selene Lizeth e Franco Masini reforçam a importância da inclusão em “Rebelde”, nova série da Netflix: “Temas mais atuais para essa Geração Z”.
A nova versão de “Rebelde” acaba de estrear pela Netflix e já está dando o que falar. Isso porque mistura a essência da novela mexicana com temas tão atuais, incluindo representatividade, diversidade e sexualidade. Na trama teen, as personagens Andi e Emília, papéis de Selene Lizeth e Giovanna Grigio, acabam se apaixonando e o novo casal vem sendo bastante celebrado por fãs e elenco. No entanto, outros personagens também se destacam na produção. Confira!
“Essa é a realidade de hoje”, diz Giovanna Grigio
Segundo Giovanna Grigio, toda a diversidade levantada em “Rebelde” é muito importante, principalmente nos dias atuais.
“Acredito que não há mais espaço para histórias que não falem sobre diversidade, porque essa é a realidade de hoje. Tem muitos projetos que não falam mais sobre isso. Estamos aqui para fazer algo novo, diferente, bonito e honesto, sobre as pessoas. Então eu acho que é importante, e isso só torna a história mais rica”, disse em entrevista à “Elle” México. Além disso, a intenção da atriz é inspirar outras jovens ao abordar a temática com tanta naturalidade e sem tabus.
Do mesmo modo, Selene Lizeth acredita que temas como esse aproximam ainda mais o público: “Acredito que, agora, estamos tocando em temas mais atuais para essa Geração Z, entre eles obviamente diversidade e inclusão. E há personagens os representando. Fico feliz de ver a realidade em tela”.
Franco Masini vive personagem queer em “Rebelde”: “Não tem rótulos”
Em “Rebelde”, Luka é o personagem de Franco Masini e que se identifica como uma pessoa queer, ou seja, que não é heterossexual ou não é cisgênero. Além disso, o ator afirma ser totalmente a favor da inclusão. “Diria que meu personagem não tem rótulos. A série, nesse sentido, está muito atualizada e moderna. São almas livres e cada um vai vivendo a vida como quer”, declarou ao “Omelete”.
Pela série, Franco Masini também defende a linguagem neutra. Uma de suas primeiras cenas pelo Elite Way School é defendendo o uso dos pronomes neutros para abraçar toda a comunidade. “É a terceira década do século XXI”, diz Luka no episódio de estreia, ao fazer queixa sobre falta de inclusão.
Ator de versão original de “Rebelde” sofreu repressão ao se assumir gay
Infelizmente, o mesmo não aconteceu pela versão original de “Rebelde”, em 2004. Logo que se assumiu gay, Christian Chávez, o intérprete do Giovanni, enfrentou a homofobia dos próprios diretores da Televisa e ouviu que sua carreira havia acabado. Além disso, radialistas teriam se recusado a tocarem suas músicas pois “não apoiavam a música homossexual”.
Em entrevista ao programa da cantora Mónica Naranjo, na Espanha, o “Mónica y el Sexo”, Christian confessou que, logo quando revelou sua orientação sexual, passou por um caso extremo de depressão e até pensou em tirar a própria vida. Atualmente, ele reforça sobre a necessidade de inclusão e respeito. “A liberdade tem um preço, mas isso é um direito humano. Vale a pena o que você tem que pagar e é bonito ver romances gays na televisão. Agora todos os atores lutam por personagens gays”, disse.
Foto de capa: Reprodução Instagram / @gigigrigio