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Marina Sena: um papo sobre carreira, referências e críticas ao estilo

Em podcast, Marina Sena conversou a respeito da carreira solo, referências musicais, críticas por seu visual irreverente e ansiedade para o Lollapalooza: “Portas estão se abrindo pra mim”.

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Marina Sena fala de carreira, referências e críticas ao estilo

Que Marina Sena é o novo fenômeno da música popular brasileira, isso não dá para negar. Sucesso com o lançamento de “Por Supuesto” e com seu segundo álbum no forno, a artista agora se prepara para mais uma meta: agitar o Lollapalooza no dia 27 de março. “É um passo bem dado na minha carreira. Estão abrindo portas pra mim que eu jamais imaginei e outras estão abrindo de forma bem natural”, afirmou.

Em bate-papo no podcast “Radar Café”, no Youtube, Marina Sena também conversou a respeito de suas influências, apoio da família e até mesmo seu processo de desconstrução com a vaidade. 

De acordo com a cantora, a maquiagem não fazia parte do seu dia a dia. “Quando Sassá [maquiador] passou a primeira maquiagem em mim, só rímel, eu tirei tudo. Sou muito da roça, não estava acostumada e eu achava que perdia a naturalidade do meu rosto. Agora que eu estou me acostumando. Para passar um delineador foi só agora. Eu fazia show e não passava uma base no rosto”, confessou.

Marina Sena rebate críticas por seus figurinos: “Que viagem”

Em meio a tanto sucesso, Marina Sena se deparou com os discursos de ódio nas redes sociais e até pitacos a respeito de sua aparência. Os figurinos de shows, recheados de tendências e irreverência, foram alvos de críticas por muito tempo. 

“É muito doido isso. Comecei a cantar na MPB, no meio de uma galera descolada, onde isso não importa. O ambiente era muito confortável para mim, ser assim. Quando vi minha música atingindo o que não era o público que comecei, aí eu vi que tinha um problema. Eu tinha esquecido que as pessoas às vezes acham que eu estou pelada demais. Comecei a perceber isso agora. Falei: ‘gente, que viagem’”, lamentou.

“Ser mulher, você já está sendo atravessada pelo machismo”

Anteriormente, Marina Sena já havia atribuído o machismo ao bullying que vinha sofrendo. Referência para outras mulheres, a mineira lamenta ver que a “evolução é bem lenta”. 

“É bem triste ver que algumas coisas andam devagar. Você vê coisas e fala: ‘Nossa, a gente está em 2022 e ainda está nessa pauta’. Na minha cabeça, a gente devia estar muito além. Você ser mulher, acorda, sai na porta de casa e já está sendo atravessada pelo machismo o tempo inteiro, em todas as situações”, reclamou.

No entanto, Marina Sena tenta não se abalar quando lembra que vem de uma família de mulheres fortes e, segundo ela, “avançadas”. “Mesmo que tenha a caretice do interior, elas são muito fortes, donas de si e nunca as vi vivendo sobre a capitania de um homem. Tem que ser macho demais. Eu cresci vendo elas”, contou, dizendo ainda que a imposição de sua fala foi uma construção: “Até hoje estou construindo porque não é fácil você se posicionar veemente quando você é mulher. Você não aprende a ser assim”.

“Eu sou a patroa”, brinca Marina Sena

Quando o assunto foi sua carreira, Marina Sena contou que passou a cantar solo na pandemia, pois o isolamento social acabou afastando seu grupo musical. Agora, ela é dona de si e está à frente de qualquer situação: 

“Eu tenho uma equipe que trabalha comigo, muito competente por sinal. Mas, assim, de todas as arestas que é o meu trabalho, eu estou lá aprovando. A última decisão sobre absolutamente tudo é minha. E tem que ser, né? Eu que sou a patroa, então tem que ser eu”.

Por fim, sobre suas influências, Marina Sena disse que ouvia tudo que tocava no rádio. Por falta de acesso à internet, ela contou que ficava “à mercê de tudo o que ouvia no rádio” ou da “música que tocava na novela”. No entanto, foi com a chegada da internet que ela descobriu e se encantou pela MPB. “Comecei a pesquisar e entender que Caetano era muito mais do que ‘Às vezes no silêncio da noite…’. Fiquei muito encantada com o movimento da tropicália e entendi que era isso que queria para minha vida”, afirmou. Sobre os sonhos de parceria, Gal Costa, Gilberto Gil, Marisa Monte e Anitta estão no seu radar. 

Foto de capa: Reprodução / Instagram @amarinasena / @caduandradee

Redação Corpo Livre

Somos uma equipe de profissionais e colaboradores empenhados em transformar através da informação e da diversidade. Enquanto veículo, queremos construir uma nova forma de dialogar na internet sobre Corpo Livre!

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