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Kéfera: bissexualidade questionada por não beijar mulheres em público

Kéfera rebateu críticas dos internautas por não expor beijos em outras mulheres pela Farofa da Gkay: “E se eu, de fato, quiser pegar alguém publicamente, eu pego”

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Kéfera rebate bissexualidade questionada por não expor beijos em mulheres na Farofa da Gkay

Kéfera foi um dos nomes mais repercutidos pelas redes sociais durante os três dias de comemoração da Farofa da Gkay, evento de aniversário da humorista Gessica Kayane. Em Fortaleza, a atriz apareceu se divertindo ao máximo e beijando – muito! – algumas celebridades masculinas. No entanto, pela internet, ela se deparou com críticas e cobranças para provar sua bissexualidade por não ter sido vista beijando mulheres pela festa.

Primeiramente, Kéfera decidiu se manifestar e desabafou sobre pressão dos internautas. De acordo com ela, não é preciso confirmar sua orientação sexual publicamente. “Eu sou obrigada a beijar mulheres? E postar ainda?”, indagou. “Para com isso. Pelo amor de Deus, não vem a fiscalização da bissexualidade aqui”, disparou.

Kéfera sobre bissexualidade: “B não é de Beyoncé”

Foi em julho que Kéfera assumiu a bissexualidade através das redes sociais. Por isso, a atriz decidiu falar abertamente a respeito da sua sexualidade após, segundo ela, receber várias mensagens de fãs perguntando se ela é lésbica.

“Obviamente estou recebendo muitas mensagens de ‘ah, está se assumindo sapatão (sic)’. Então, eu não diria sapatão. Mas o LG- B-TQIA+ da sigla – o B não é de Beyoncé, entenderam?”, explicou ela, incluindo emojis de arco-íris, um símbolo da comunidade LGBTQIA+.

Atriz rebate título de “bissexual de Taubaté” no Twitter

No Twitter, Kéfera chegou a ser chamada de “bissexual de Taubaté” e manteve seu posicionamento perante aos comentários negativos.

“Chorem, xinguem, esperneiem, façam o que vocês quiserem. Está vendo porque a gente fala que bissexual é apagado? Porque vocês querem confirmação o tempo inteiro. Eu hein, me deixem em paz”, pediu a influencer.

“Xinguem à toa, xinguem à vontade. Aqui o ato falho. Xinga à toa mesmo. Porque eu não me importo. O grande passo para minha vida foi eu ter me assumido publicamente, para eu ter paz de espírito e eu poder me sentir livre de uma vez por todas. E se eu, de fato, quiser pegar alguém publicamente, eu pego”.

Pessoas bissexuais se sentem excluídas?

Muitos bissexuais sofrem com a invisibilidade e a bifobia até mesmo pela própria comunidade queer. De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Stanford, analisada pelo Pew Research Center, a maioria não contou a respeito de sua sexualidade para as pessoas mais importantes de sua vida por receio da discriminação.

A pressão que vem com a correção contínua das suposições das pessoas sobre sua sexualidade pode ser estressante. No entanto, famosas séries da atualidade, como “Elite”, o reboot de “Gossip Girl”, “The Bold Type”, entre outros, começaram a retratar a bissexualidade de uma forma mais precisa e matizada. Com essa influência, podemos esperar que mais pessoas abandonem suas suposições e estigmas, e que os homens e mulheres bissexuais acabem se sentindo mais confortáveis ​​sendo elas mesmas.

Foto de capa: Reprodução Instagram / @kefera

Redação Corpo Livre

Somos uma equipe de profissionais e colaboradores empenhados em transformar através da informação e da diversidade. Enquanto veículo, queremos construir uma nova forma de dialogar na internet sobre Corpo Livre!

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