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Etarismo: o que é e como combater o preconceito com a idade?

O que é etarismo? Como surgiu o termo? Por que existe preconceito com a idade? Por que as mulheres sofrem mais com o etarismo? Confira!

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O que é etarismo e como combater o preconceito com a idade

O etarismo é um tipo de discriminação contra pessoas com base em sua idade. Com conotação semelhante a outros tipos de preconceito, como racismo e sexismo, o etarismo envolve a crença em estereótipos negativos sobre pessoas com a faixa etária mais avançada. Principalmente a respeito de mulheres, que sofrem ainda mais preconceito à medida que envelhecem.

Quem mencionou o termo etarismo pela primeira vez foi o gerontologista Robert N. Butler, que queria expor a rejeição contra as pessoas mais velhas. Atualmente, ele é mais frequente e até usado em outros tipos de discriminação de idade, seja com crianças, adolescentes, adultos e a terceira idade.

O que conta como preconceito de idade?

O etarismo pode ter um grande impacto e afetar a confiança das pessoas, perspectivas de emprego, situação financeira e qualidade de vida. É possível que o indivíduo esteja ciente de que está sujeito a sofrer preconceito por sua idade.

No entanto, algumas situações não são tão óbvias assim. Embora o preconceito de idade seja frequentemente visto como um problema no local de trabalho, é possível enfrentar a situação quando estiver fazendo compras, no consultório médico ou até mesmo ao solicitar produtos e serviços pelo telefone.

Alguns exemplos desse tipo de preconceito incluem: perder um emprego por causa da sua idade, recusarem um novo cartão de crédito, seguro de carro ou de viagem devido à sua idade. Receber uma qualidade de serviço inferior em uma loja, restaurante ou mesmo em consultório médico por ser “muito velho”.

Nas redes sociais, as mulheres (principalmente famosas) sofrem preconceito apenas por estarem envelhecendo. Uma pele sem retoques e cabelos brancos em uma foto são o suficiente para gerarem comentários negativos, como se não fosse algo natural. Além disso, atrizes mais velhas perdem oportunidades no cinema e na TV por conta da idade ou ainda ficam restritas ao mesmo tipo de papel.

Estereótipos que contribuem para o etarismo

De acordo com a pesquisadora Susan Fiske, os estereótipos sobre pessoas mais velhas estão relacionados à forma como os mais jovens esperam que elas se comportem.

O primeiro estereótipo que ela descreveu está relacionado à sucessão. Muitas vezes, os mais jovens presumem que os indivíduos mais velhos “tiveram sua vez” e deveriam abrir caminho para as novas gerações.

Já o segundo está relacionado ao que Fiske chama de “consumo”. As pessoas mais jovens, frequentemente, acham que recursos limitados devem ser gastos com elas mesmas, e não com os adultos mais velhos.

Por fim, os jovens também possuem estereótipos sobre o comportamento e a aparência de adultos mais velhos. Os mais jovens acham que aqueles que são mais velhos deveriam “agir de acordo com a idade que têm” e não tentar “roubar” a identidade deles, incluindo padrões de fala, modos de agir e de se vestir.

Pessoas mais velhas sofrem críticas em redes sociais

Em um estudo da edição de 2013 do “The Gerontologist”, pesquisadores também observaram como os grupos de Facebook representavam as pessoas mais velhas.

De acordo com o estudo, até o momento, existiam 84 grupos sobre o tópico. Entretanto, a maioria deles foi criado por pessoas jovens, de aproximadamente 20 anos. Quase 75% existiam para criticar os idosos e outros 40% defendiam a proibição de dirigir e fazer compras.

Nos Estados Unidos, o AARP (grupo dedicado a questões que afetam pessoas com mais de 50 anos) relatou que 1 em cada 5 trabalhadores nos Estados Unidos tem mais de 55 anos. No entanto, quase 65% dizem que sofreram discriminação no trabalho, enquanto 58% dos entrevistados dizem que o etarismo se tornou aparente a partir dos 50.

Etarismo precisa ser tratado e combatido com seriedade

A American Psychological Association vê a seriedade no etarismo. Ela acredita que o preconceito contra as fO que aixas etárias deve ser tratado da mesma forma que outras discriminações, como sexo, raça e deficiência.

O grupo prevê que aumentar a consciência pode ajudar a solucionar esse preconceito, ainda mais quando falamos de idosos, cuja população só aumenta. Por isso, é importante combater o etarismo para garantir que ninguém sofra perdas e danos por causa da idade.

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Redação Corpo Livre

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