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bell hooks: a trajetória da escritora e ativista que morreu aos 69 anos

Em livros como “E eu não sou mulher?” e “Tudo Sobre o Amor”, bell hooks compartilhou suas ideias sobre raça, feminismo e amor com talento e compaixão. Veja trajetória!

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Morre bell hooks, escritora e ativista, aos 69 anos

Gloria Jean Watkins, mais conhecida pelo pseudônimo de bell hooks, morreu aos 69 anos. Nesta quarta-feira (15), a sobrinha do escritora, Ebony Motley, confirmou a notícia do falecimento através das redes sociais. “A família honrou seu pedido de transição em casa com a família e amigos ao seu lado”, anunciou em comunicado.

A ativista adotou a forma como era chamada a bisavó materna, Bell Blair Hooks, para começar a escrever. No entanto, estilizou deliberadamente seu próprio nome para letras minúsculas com o intuito de focar em sua mensagem e não em si mesma. De acordo com bell hooks, ela queria que os leitores se concentrassem na “substância dos livros, não em quem” era.

Saiba quem foi bell hooks

bell hooks nasceu em 25 de setembro de 1952, em Hopkinsville, Kentucky, e era a quarta de sete irmãos. Ela frequentou escolas segregadas no Condado de Christian antes de ir para a Universidade de Stanford, na Califórnia.

Além disso, obteve um mestrado em Inglês na Universidade de Wisconsin-Madison e um doutorado em Literatura pela Universidade da Califórnia, em Santa Cruz.

hooks lançou mais de 40 livros

Ao todo, bell hooks lançou mais de 40 livros, variando de ensaios e poesia a livros infantis. Seu primeiro foi “E eu não sou uma mulher? Mulheres Negras e Feminismo”, publicado em 1981. Desde então, a ativista escreveu regularmente também sobre racismo, cultura, capitalismo, política, papéis de gênero, amor e espiritualidade.  “Meu trabalho é tão eclético; ele abrange um amplo espectro”, comentou, em 2009.

Em particular, bell hooks escreveu sobre como a raça, o gênero e a classe social de uma pessoa estavam interligados. “Não podemos ver ganhos para o feminismo distintos e separados de outras lutas”, opinou a escritora. Por isso, ela foi considerada uma pioneira dentro do movimento feminista interseccional.

Professora e dona de instituto que oferecia aulas gratuitas, bell hooks foi introduzida no Hall da Fama dos Escritores de Kentucky em 2018. “Sou afortunada porque todos os dias da minha vida, praticamente, recebo uma carta, um telefonema de alguém, que me conta como meu trabalho transformou a vida deles”, comemorou.

Por fim, bell hooks foi uma escritora de tamanha sensibilidade que ensinou, alimentou e engajou muita gente. Assim, seus escritos sobre o amor mudaram a vida de muitas mulheres, principalmente mulheres negras. “Quero que meu trabalho seja sobre cura”, declarou ela, em vida. E foi. A trajetória de hooks foi duradoura e monumental!

Foto de capa: Reprodução

Redação Corpo Livre

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