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Beleza emocional: procedimentos estéticos mascaram a autoestima

Procedimentos estéticos são capazes de mascarar a autoestima? De acordo com o psicólogo Guto Bolsoni, isso está ligado à beleza emocional. Saiba mais!

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Beleza emocional: procedimentos estéticos podem mascarar a autoestima

Você já ouviu falar da expressão “beleza emocional”? De acordo com o psicólogo Guto Bolsoni, o termo se refere a um estado de equilíbrio entre sentimentos, afetos e a saúde mental de cada indivíduo. Em entrevista ao Alexandrismos, ele alerta sobre a busca por procedimentos estéticos como forma de mascarar as feridas. Além disso, detalha a melhor forma de lidar com os sentimentos de baixa autoestima com a própria imagem.

“Quando uma pessoa tem dificuldade para lidar com questões emocionais e busca mudar a imagem apenas para fugir de um problema, costuma funcionar como uma espécie de anestesia. Ela se sente bem por um período, mas logo o efeito passa e ela volta a precisar de mais uma dose ou novo procedimento. O que tenho observado é o uso indiscriminado de procedimentos e uma busca desenfreada por um padrão de beleza imposto pela sociedade do consumo”.

Beleza emocional: psicólogo conta sintomas dos conflitos

Primeiramente, a demanda por mudanças extremas na aparência e o ímpeto de se submeter a intervenções drásticas podem ser sintomas de conflitos emocionais. “A rejeição da própria imagem acontece quando a aceitação está fora e não dentro. Ou seja, a pessoa admira o que vê nos outros e negligencia o que é genuíno. Quando nos conhecemos e aceitamos exatamente como somos, criamos habilidades para efetuar as mudanças que achamos necessárias”, disse.

Todos os anos, mais de 1,5 milhão de procedimentos estéticos são realizados no Brasil, segundo informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Entre as operações mais procuradas, está a de silicone, com uma média anual de 200 mil cirurgias.

Em 2022, o rejuvenescimento das pálpebras e a rinoplastia devem se consolidar como tendência nos consultórios. Isso porque, na pandemia, as pessoas passaram a se observar com mais frequência por meio de telas, gerando um “boom” na busca por transformações faciais.

De acordo com Guto Bolsoni, para que as mulheres mudem a concepção sobre o que é a beleza, é preciso expandir o olhar para enxergar as diferentes formas do que é belo, além da que é imposta. “Não existe uma fórmula, apenas um processo e que este é individual”, explica.

Comparação é a maior vilã contra a autoestima

Quando o assunto é a baixa autoestima, o psicólogo afirma que ela pode ser desencandeada por diversos fatores. De acordo com ele, a comparação é a maior vilã. “Capa de revista, corpos sardos, saúde perfeita e tudo mais que a mídia nos apresenta como atrativo, nem sempre são reais. Querer se comparar e até mesmo buscar se adaptar a padrões inatingíveis de beleza é um caminho para a autoestima ir ladeira abaixo”, destaca.

Por fim, o especialista aponta que, através do autoconhecimento, é possível perceber se o caminho que estamos trilhando em busca de saúde e beleza vai de encontro ao bem-estar. “Talvez seja o momento de mudar de rota e tudo bem com isso. Estar no caminho é sempre melhor do que estar parado”, completou.

Foto de capa: Divulgação / Unsplash

Redação Corpo Livre

Somos uma equipe de profissionais e colaboradores empenhados em transformar através da informação e da diversidade. Enquanto veículo, queremos construir uma nova forma de dialogar na internet sobre Corpo Livre!

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